segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lisboa - São Torpes, dia 2: Também te doi aqui?

No Parque de Campismo Municipal de Sesimbra


A manhã do segundo dia de viagem foi a mais complicada. Acordámos ambos com dores musculares e uma sensação de cansaço generalizada. Eu dormi mesmo bastante mal, tendo passado boa parte da noite a espirrar. Tinha as minhas dúvidas quanto a conseguir sequer sair da cidade, quanto mais completar a etapa, que se previa a mais longa da viagem.

Ainda assim, tomamos o pequeno almoço, comprámos água, arrumamos as nossas tralhas e estávamos prontos para partir a uma hora respeitável. Cruzamos a zona do porto e depressa chegámos à primeira subida (é impossível sair de Sesimbra sem subir bastante!). A Marta olhou para a estrada inclinada e desmontou. Subimos a pé.

Castelo de Sesimbra
Chegados à zona onde o track nos deveria levar por um trilho até ao castelo de Sesimbra, fui eu que recomendei que fossemos pela estrada, tínhamos um longo caminho pela frente e nenhum de nós estava capaz de andar a subir morros, para visitas turísticas. Acabámos assim por evitar alguns pontos interessantes, mas que teriam acrescentado muitos km ao percurso, como seria o caso do Castelo de Setúbal.

Já fora da cidade, rumamos à pedreira e trilhos envolventes. Foi uma zona muito agradável de explorar, rolávamos bem, apesar do terreno pedregoso e vegetação fechada, onde por vezes só passávamos depois de muito raspar os alforges. Longe dos carros e da confusão urbana anda-se muito melhor, essa é uma das maravilhas do BTT.


Marta procura respostas no GPS
Avançando por trilhos e pequenos troços de ligação em estrada, parecia não estarmos a chegar a lugar nenhum e era já hora de almoço. Estava a ficar tarde não só para almoçar, como para chegar a Setúbal, apanhar o ferry para Tróia e ainda pedalar até algum lado antes do fim do dia (e das nossas forças). Com isto em mente, fizemos novo desvio do percurso previsto e apanhamos, um pouco por acaso, a N10, para Setúbal. Esta estrada é das poucas com uma berma civilizada que encontramos nesta viagem, além de outras boas características, pelo que rodávamos mais descansados e a bom ritmo. Tanta sorte tivemos neste itinerário que encontramos um restaurante na beira da estrada, onde almoçamos maravilhosamente e voltamos a arrancar com mais animo e já convictos que chegaríamos a bom porto ainda a horas decentes.

A caminho de Tróia
Em Setúbal descobrimos uma cidade renovada, com a Av. Luísa Todi muito apresentável, com os seus passeios novos, e na zona do Porto também registámos melhoras dignas de nota. Mas a nossa prioridade era mesmo o ferry, que apanhamos por preços de saldo, uma vez que estávamos psicologicamente preparados para pagar 4,5 Eur / pessoa pela travessia e pagámos apenas 2.

Concluída a travessia, começamos de imediato a rolar a boa velocidade rumo ao Sul. Sem grandes percalços, num par de horas estávamos no estradão que dá acesso à praia e parque de campismo da Galé, rumo a uma refeição quente e uma merecida boa noite de sono.


Dados do dia:

Km totais: 80
Velocidade média: 14,76 km/h
Velocidade máxima: 57,3 km/h
Água consumida: 4 L/pessoa

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