quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Erro na transmissão

Mãos à obra.

Diz-se que os profissionais de estrada trocam de corrente após cada prova. Os BTTistas de fim de semana trocam a corrente todos os anos. Eu troco de corrente quando já não consigo meter mudanças.

É ligeiramente irritante ter a corrente a saltar de carreto para carreto, sem para tal ser solicitada. Sobretudo quando isso acontece numa subida íngreme e a desestabilização provocada ameaça atirar-nos para debaixo de um camião. Nestes casos o problema pode ser:

  • Desgaste da corrente.
  • Desgaste da cassete.
  • Falta de força da mola do desviador.
  • Desgaste nos roletes do desviador. 
  • Todas estas coisas juntas. 

Os amigos das lojas de bicicletas recomendam que se troquem todas as peças da transmissão de uma só vez. Eu troquei a cassete por uma menos gasta. E coloquei uma corrente nova. O desviador tem as rodas um bocado comidas. A pedaleira é de 2004. Estamos em crise.

Para os interessados a quem os 16200 vídeos do YouTube não sirvam, eis a sequência de passos para trocar com sucesso de corrente:

Estes "links" dão jeito. Quando se conseguem abrir...

1 - Remover corrente velha. Se a corrente tem um elo, a primeira coisa a fazer é localiza-lo. Depois alivia-se a tensão na corrente com um arame ou algo parecido e abri-se o elo. Há ferramentas que servem exclusivamente para essa função, mas se ela se recusar a abrir, quebrem a corrente.

O ideal era usar um arame

A ferramenta para abrir correntes é esta. Se não tiverem uma mas tiverem um daqueles alicates que se usam para roubar bicicletas, também serve. A corrente velha não tem muita utilidade, talvez possa ser reciclada para fazer arte moderna... Esta é uma boa altura para irem buscar uma cerveja e brindarem às vossas capacidades mecânicas

Quebra correntes. Uma ferramenta muito útil.

2 - Medir corrente nova. Há que remover a corrente com cuidado para não riscar o quadro. Depois coloca-se a corrente nova, tendo o cuidado de medir o tamanho. Há várias maneiras de o fazer:

  • Usar a corrente velha para comparação.
  • Colocar a corrente nova fora dos desviadores, na pedaleira grande e carreto maior. Somar mais um elo (alem do link) e cortar o restante.

Não é boa nem é má. O que se espera é que seja duradoura.

3 - Colocar a corrente nova. Mais uma vez há que ter algum cuidado, para poupar mais alguns riscos ao quadro. Pode-se usar um arame para manter a tensão na corrente aberta e apertar o link rápido. Se não tiver link, tem que se recorrer ao quebra-correntes.

Para tutorial se calhar está fraco, mas como o país está a banhos, pode ser que ninguém repare. Boas férias, boas pedaladas, adeus, até ao meu regresso!

5 comentários:

  1. off-topic:
    Não pude deixar de reparar na poeça entre o quadro e os apoios do porta-bagagens (PB). Já vinha com o dito PB ou compraste à parte?

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  2. Faz parte. Permite regular a altura e ajustar a inclinação do porta bagagens. É o único porta bagagens que consigo montar nesta bicicleta...

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  3. Depois de oito anos de bons serviços, praí uma volta inteirinha ao mundo e arredores, eis que a velha Etielbina fica cheia de salamaleques e a cada volta do pedal debita um irritante rack-reck. Vai daí, levei-a à clínica e o especialista relembra-me que o material não dura para sempre e que seria melhor trocar tudo. Então, por meio depósito de combustível e a paciência do Sr. Barbosa, e a velha bicla revigorou ficou impecábel, pronta prás curvas.

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  4. a corrente é a peça de maior desgaste numa transmissão. na minha sunn, e abuso bem dela, substituo a corrente aos 1000km. cassete = 7500km, desviador/esticador trás = 12000km (3 pares de roldanas), frente 15000km. estes valores descem para metade se não se tiver o devido cuidado. poupa-se de uma lado, porque a corrente é mais barata mas gasta-se do outro... uma corrente gasta, desgasta muito mais rápido os outros componentes. faço 5000/6000km por ano.

    abraço bessa
    barreto

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  5. Tens razão Barreto, eu tenho descurado esse aspecto da manutenção. A corrente que retirei tinha muitos km... O problema é que antes o desgaste era repartido por várias bicicletas e ultimamente ando sempre na mesma. Provavelmente vou ter de fazer em breve uma revisão mais profunda, como refere o paulofski.

    Um abraço, boas pedaladas, que o tempo está bom e as ruas meio vazias!

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