Para além do interesse dos trilhos e das belas imagens do norte da Finlândia, importa reparar como, à temperatura mencionada, há pessoas nas ruas desta localidade. E as pessoas deslocam-se, pasme-se, a pé e de bicicleta. Não se vêem veículos motorizados até quase ao fim do vídeo. Serão os finlandeses sobre humanos? Pobres e desesperados? Ou simplesmente organizados e práticos?
Bessa É verdade que no nosso país depende-se demais do carro. Pessoalmente, considero que o mais grave da situação é o estacionamento selvagem e, caso isso fosse seriamente combatido, o excesso no uso do carro seria substancialmente reduzido. Mas temos de ter um pouco de cuidado com as nossas palavras. Porque logo no início do vídeo vê-se uma rua (um bloco residencial?) cheia de carros. Se estão parados ou não pouco importa - o que importa é que a mensagem que tentas passar não corresponde à verdade. Até porque grande parte do percurso é feito por locais onde (baseado somente nas imagens, não conheço o lugar) é impossível o carro passar. Também é possível fazer um filme de 15 minutos em plena Lisboa sem aparecer um único carro - mas mesmo sem aparecer um único carro. Basta que a pessoa que queira manipular a mensagem saiba quando e onde filmar. O filme é bom e está feito de maneira a dar vontade de experimentar. Pelo menos eu fiquei com essa vontade. Mas nada mais do que isso. Abraço e boas pedaladas.
As imagens do vídeo são de uma cidade de cerca de 100.000 habitantes, e pelo que se percebe o que vemos serão mais concretamente os subúrbios. Nos minutos do filme o protagonista circula não só por trilhos mas também por estradas e caminhos onde não se cruza com um único automóvel a circular. Não é obrigado a parar, nem a desmontar, nem tem que ceder prioridade a ninguém. Não é ultrapassado, ninguém lhe faz razias... Mesmo com -14 Graus andam pessoas na rua. A pé e de bicicleta. Um bocadinho diferente do dia-a-dia numa cidade equivalente por cá, não achas?
Apesar de ser a minha área, garanto que não consigo fazer nenhum vídeo semelhante em Portugal. E não estou a falar da neve...
"No nosso país depende-se demais do carro" para mim é eufemismo. Obsessão, histeria colectiva parece-me mais apropriado. Essa é a mensagem que eu passo. Tens todo o direito de não concordar.
Concordo contigo na parte da obsessão. À boa maneira do Dupond, eu diria mais, temos uma paranóia em relação ao carro. Nesse aspecto estamos de acordo. Porque mesmo a maioria dos "ciclistas" coloca os velocípedes no carro, vai de carro até à "ciclovia" mais próxima, estaciona o carro na "ciclovia" ou no passeio, tira a bicicleta do carro, coloca o capacete, passeia um bocadito, constata a inconsciência dos ciclistas que pedalam sem capacete, volta para o carro, torna a colocar a ginga no carro e volta para casa no carro, percorrendo com o dito uns metros na "ciclovia" ou no passeio antes de ir para a estrada. Depois chega a casa, estaciona o carro no passeio em frente ao lugar onde mora, convencido que ao andar de bicicleta por uns minutos, sem qualquer nexo, está a contribuir para uma causa meritória qualquer. Mas, embora concorde contigo no geral do texto, discordo nas conclusões finais. Não aprecio manipulações, mesmo que na aparência me sejam favoráveis. Como saber que aquilo na Finlândia é mesmo assim? Só porque o dizes? Estiveste lá e ficaste com essa ideia? Também a mim me prometeram amanhãs que cantam em Barcelona, antes de lá passar um período de cinco semanas. As fotos são fantásticas, os testemunhos convincentes. Vim completamente desiludido, fui totalmente manipulado. Tem mais carros que Lisboa e os polícias preocupam-se mais com as transgressões dos ciclistas que com as dos automobilistas. E só no centro latino da cidade é que não vi carros estacionados selvaticamente. Fora desse cordão, parecia que estava em Lisboa. E repara que percorri a cidade de ponta a ponta a pé. Passeios ocupados, pouco ou nenhum respeito pelas passadeiras. Ruas com muitas vias de trânsito, velocidades tremendas e absoluta falta de respeito pelo próximo, fosse a pé, de bicicleta ou de carro - as buzinadelas furiosas que me faziam lembraram-me muito as minhas visitas a Lisboa de carro (embora neste último caso, admito, possa ser devido ao facto de todos saberem, pela matrícula, que era português). Até no castelo, pá!, estava um sinal de trânsito proibido no portão de acesso, mas estavam sempre carros estacionados dentro das muralhas. Fui lá mais que muitas vezes, sempre havia carros lá dentro. Ruas com passeios minúsculos e outras onde o passeio, mais largo, era substancialmente reduzido pela colocação anárquica do material urbano. Além das motas, aos milhares, estacionadas onde calha, quase sempre em cima do passeio. Tive a oportunidade de fazer várias experiências em percursos iguais, utilizando ora o carro ora a bicicleta. Em muitas situações era mais fácil e cómodo a deslocação de carro. Isto porque surgia sempre, vindo não se sabe bem de onde, um moço de esquadra que me obrigava a seguir pelas ciclovias da treta, tornando a opção bicicleta pouco atractiva. Ciclovias que, à boa maneira portuguesa, estavam cheias de mer**, incluindo carros, dificultando o pedalar. Aliás, só nos locais onde não havia ciclovias é que se pedalava com conforto, caso da Cidade Olímpica, por exemplo. Ou nos acessos às localidades em redor de Barcelona. Uma coisa curiosa de que me apercebi é que as autoridades não eram tão rígidas com os ciclistas "profissionais" - bastava ter um capacete, vestir calções de licra e ter uma bicicleta de estrada e o polícia não chateava. Está melhor que há uns anos? Bom, então ainda bem que não conheci Barcelona antes, pá! Por isso, como vês, devido à minha experiência pessoal, concordo com as tuas opiniões, mas discordo das tuas conclusões.
vejo aqui algums comentarios sobre o video que me deixam triste, temos um pais maravilhoso, lindo, fantastico, já experiemtaram sair das cidades, visitar as terras de xisto por exemplo, passar por pontes romana com 2000 anos, zonas impossiveis de passar com carros, perto de castelo branco estive ao lado de duas casas ainda habitadas uma construida em 903 e outra em 916, tem o selo com a data por cima da porta, foram erguidas antes da independencia do condado de portucalense, andar de bicicleta no pinhal de leiria também é super fantastico, e o melhor de tudo, seja en que dia for, nunca o fazemos aos 14 graus negativos, meus senhores por favor saem das vossas casa e visitem o nosso pais, este tem uma das historias mais antigas da europa e o melhor é que encontramos vestigios delas en qualque lado, fazendo-o de bicicleta BTT, ou Fixie ou até mesmo de pasteleira é simplesmente fantastico, visitem o norte ou interior e garanto-vos que a aventura é muito melhor do que viram no video. E mais digo andarão horas sem ver um unico veiculo a motor a não ser algums motores de regas ehehe.
Bessa
ResponderEliminarÉ verdade que no nosso país depende-se demais do carro. Pessoalmente, considero que o mais grave da situação é o estacionamento selvagem e, caso isso fosse seriamente combatido, o excesso no uso do carro seria substancialmente reduzido. Mas temos de ter um pouco de cuidado com as nossas palavras. Porque logo no início do vídeo vê-se uma rua (um bloco residencial?) cheia de carros. Se estão parados ou não pouco importa - o que importa é que a mensagem que tentas passar não corresponde à verdade. Até porque grande parte do percurso é feito por locais onde (baseado somente nas imagens, não conheço o lugar) é impossível o carro passar. Também é possível fazer um filme de 15 minutos em plena Lisboa sem aparecer um único carro - mas mesmo sem aparecer um único carro. Basta que a pessoa que queira manipular a mensagem saiba quando e onde filmar. O filme é bom e está feito de maneira a dar vontade de experimentar. Pelo menos eu fiquei com essa vontade. Mas nada mais do que isso.
Abraço e boas pedaladas.
As imagens do vídeo são de uma cidade de cerca de 100.000 habitantes, e pelo que se percebe o que vemos serão mais concretamente os subúrbios. Nos minutos do filme o protagonista circula não só por trilhos mas também por estradas e caminhos onde não se cruza com um único automóvel a circular. Não é obrigado a parar, nem a desmontar, nem tem que ceder prioridade a ninguém. Não é ultrapassado, ninguém lhe faz razias... Mesmo com -14 Graus andam pessoas na rua. A pé e de bicicleta. Um bocadinho diferente do dia-a-dia numa cidade equivalente por cá, não achas?
ResponderEliminarApesar de ser a minha área, garanto que não consigo fazer nenhum vídeo semelhante em Portugal. E não estou a falar da neve...
"No nosso país depende-se demais do carro" para mim é eufemismo. Obsessão, histeria colectiva parece-me mais apropriado. Essa é a mensagem que eu passo. Tens todo o direito de não concordar.
Concordo contigo na parte da obsessão. À boa maneira do Dupond, eu diria mais, temos uma paranóia em relação ao carro. Nesse aspecto estamos de acordo. Porque mesmo a maioria dos "ciclistas" coloca os velocípedes no carro, vai de carro até à "ciclovia" mais próxima, estaciona o carro na "ciclovia" ou no passeio, tira a bicicleta do carro, coloca o capacete, passeia um bocadito, constata a inconsciência dos ciclistas que pedalam sem capacete, volta para o carro, torna a colocar a ginga no carro e volta para casa no carro, percorrendo com o dito uns metros na "ciclovia" ou no passeio antes de ir para a estrada. Depois chega a casa, estaciona o carro no passeio em frente ao lugar onde mora, convencido que ao andar de bicicleta por uns minutos, sem qualquer nexo, está a contribuir para uma causa meritória qualquer.
ResponderEliminarMas, embora concorde contigo no geral do texto, discordo nas conclusões finais. Não aprecio manipulações, mesmo que na aparência me sejam favoráveis. Como saber que aquilo na Finlândia é mesmo assim? Só porque o dizes? Estiveste lá e ficaste com essa ideia? Também a mim me prometeram amanhãs que cantam em Barcelona, antes de lá passar um período de cinco semanas. As fotos são fantásticas, os testemunhos convincentes. Vim completamente desiludido, fui totalmente manipulado. Tem mais carros que Lisboa e os polícias preocupam-se mais com as transgressões dos ciclistas que com as dos automobilistas. E só no centro latino da cidade é que não vi carros estacionados selvaticamente. Fora desse cordão, parecia que estava em Lisboa. E repara que percorri a cidade de ponta a ponta a pé. Passeios ocupados, pouco ou nenhum respeito pelas passadeiras. Ruas com muitas vias de trânsito, velocidades tremendas e absoluta falta de respeito pelo próximo, fosse a pé, de bicicleta ou de carro - as buzinadelas furiosas que me faziam lembraram-me muito as minhas visitas a Lisboa de carro (embora neste último caso, admito, possa ser devido ao facto de todos saberem, pela matrícula, que era português). Até no castelo, pá!, estava um sinal de trânsito proibido no portão de acesso, mas estavam sempre carros estacionados dentro das muralhas. Fui lá mais que muitas vezes, sempre havia carros lá dentro. Ruas com passeios minúsculos e outras onde o passeio, mais largo, era substancialmente reduzido pela colocação anárquica do material urbano. Além das motas, aos milhares, estacionadas onde calha, quase sempre em cima do passeio. Tive a oportunidade de fazer várias experiências em percursos iguais, utilizando ora o carro ora a bicicleta. Em muitas situações era mais fácil e cómodo a deslocação de carro. Isto porque surgia sempre, vindo não se sabe bem de onde, um moço de esquadra que me obrigava a seguir pelas ciclovias da treta, tornando a opção bicicleta pouco atractiva. Ciclovias que, à boa maneira portuguesa, estavam cheias de mer**, incluindo carros, dificultando o pedalar. Aliás, só nos locais onde não havia ciclovias é que se pedalava com conforto, caso da Cidade Olímpica, por exemplo. Ou nos acessos às localidades em redor de Barcelona. Uma coisa curiosa de que me apercebi é que as autoridades não eram tão rígidas com os ciclistas "profissionais" - bastava ter um capacete, vestir calções de licra e ter uma bicicleta de estrada e o polícia não chateava. Está melhor que há uns anos? Bom, então ainda bem que não conheci Barcelona antes, pá!
Por isso, como vês, devido à minha experiência pessoal, concordo com as tuas opiniões, mas discordo das tuas conclusões.
vejo aqui algums comentarios sobre o video que me deixam triste, temos um pais maravilhoso, lindo, fantastico, já experiemtaram sair das cidades, visitar as terras de xisto por exemplo, passar por pontes romana com 2000 anos, zonas impossiveis de passar com carros, perto de castelo branco estive ao lado de duas casas ainda habitadas uma construida em 903 e outra em 916, tem o selo com a data por cima da porta, foram erguidas antes da independencia do condado de portucalense, andar de bicicleta no pinhal de leiria também é super fantastico, e o melhor de tudo, seja en que dia for, nunca o fazemos aos 14 graus negativos, meus senhores por favor saem das vossas casa e visitem o nosso pais, este tem uma das historias mais antigas da europa e o melhor é que encontramos vestigios delas en qualque lado, fazendo-o de bicicleta BTT, ou Fixie ou até mesmo de pasteleira é simplesmente fantastico, visitem o norte ou interior e garanto-vos que a aventura é muito melhor do que viram no video. E mais digo andarão horas sem ver um unico veiculo a motor a não ser algums motores de regas ehehe.
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