domingo, 1 de julho de 2012

The Boris Bike experience

Não sei porque, parece que passo a vida em Camden
 
Imaginem que já gastaram mais de cinco libras em transportes só para chegarem perto de alguma zona emblemática do centro de Londres. Ainda não estão lá, andar a pé leva muito tempo e não estão com vontade de se enfiarem outra vez nos transportes públicos. Qual a alternativa?

Boris Bikes to the rescue!

As Boris Bikes, pois claro! O sistema de bicicletas públicas de uso partilhado da capital britânica é conhecido pelo nome do seu Mayor, o despenteado, auto-centrado, extrovertido, ciclo-activista extravagante, Boris Johnson. Na verdade, o nome mais correcto seria Barclays Cycle Hire, já que esta instituição bancária Britânica é que assumiu as despesas deste ambicioso projecto. Quando não estavam demasiado ocupados com a dominação mundial, parece que a boa gente do Barcklays achou boa ideia financiar esta ideia que já tem provas dadas em outras capitais europeias.

O Bilhete para meia hora de diversão. Pelo menos!

O sistema é similar aos seus congéneres mais antigos de cidades como por exemplo Barcelona: uma série de estações espalhadas pelas zonas centrais da cidade disponibilizam bicicletas mediante um sistema automático aos utilizadores autorizado. Em Londres, qualquer pessoa com um cartão de crédito pode ser um utilizador autorizado. Paga-se uma libra para aceder ao serviço e depois, se só se usar a bicicleta durante menos de 30 minutos, é grátis. Os custos aumentam dai para a frente, mas são muito razoáveis. Mais pormenores das condições aqui.



Naturalmente, é possível devolver a bicicleta em qualquer estação da rede, e no centro de Londres existem inúmeras estações a curta distância umas das outras. Este mapa permite ter uma ideia da magnitude do projecto, que faz parte do Transport for London, a entidade que gere todos transportes da área metropolitana de Londres.

London Barklays Cycle Hire Stations

Sim, cada um desses símbolos corresponde a uma estação do sistema. Todas têm um pequeno estacionamento para prender as bicicletas e um pilar com informações, escritas e acessiveis através de um LCD, e um terminal de pagamento por cartão bancário. Como estas:

Uma

Outra

Mais uma

Bonito, não?

Há sempre uma estação por perto!

As bicicletas em si são exactamente o que parecem: pesadas! Mas qualquer modelo deste tipo é pesado. É uma bicicleta de cidade com todos os extras obrigatórios: guarda lamas, skirt guard, luzes e porta-bagagens. O quadro parece bem robusto, e a bicicleta é estável em qualquer situação. As luzes de LED à frente e atrás, mantidas operacionais pelo dínamo de cubo incorporado na roda da frente, dão uma ajuda à segurança. O selim é facilmente regulável, mesmo para malta mais avantajada como este vosso escriba, e as 3 velocidades do cubo Shimano Nexus são muito fáceis de utilizar. Não esperem maravilhas da travagem e tenham atenção que a direcção é pouco directa, para o que conta com a ajuda de um pneu tão largo que não ficaria mal num motorizada.

Uma Boris Bike com todos os extras
 
Para ajudar à vertente utilitária, existe uma espécie de cesto metálico no guiador da bicicleta, que em conjunto com o elástico incorporado permite tirar a mochila das costas e transporta-la comodamente e em segurança na bicicleta. Só fica a faltar um velocímetro talvez. Embora provavelmente seja melhor que os turistas não tenham vontade de fazer corridas com estas biclas. Aceleras já há demais por aqui.

Há um mapa da zona em cada estação e mais info no LCD.

E quem é que usa estas biclas em Londres? Eu diria que quase toda a gente. Toda a gente que pedala, claro. Desde turistas, nativos a passear, quadros engravatados a caminho do escritório, toda a gente. As bicicletas já fazem parte do cenário da cidade de Londres, como os autocarros vermelhos. Aliás, se repararem, o símbolo do sistema é propositadamente semelhante ao mundialmente conhecido logo do metropolitano londrino. Só com uma alteração cromática. Esperemos que se venha a revelar igualmente durável na paisagem da capital britânica.

7 comentários:

  1. Dos 8 dias que estive em Paris, andei sempre de Vélib pela cidade inteira. É uma experiência muito mais agradável, e dá mesmo para sentir a cidade. Estive agora em Março por Londres, e foi uma agradável surpresa ver este sistema idêntico ao de Paris.

    Só tenho a acrescentar que existem aplicações para Android e iPhone com o mapa das estações. Não que tivesse sido problemático encontrar uma estação para largar a bike, mas era mais para planear um percurso ou para saber se a x quilómetros de distância ainda haveria alguma estação.

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  2. Yes! Pelo menos acho que sim. Repara, o espigão do selim está marcado com uma escala de 1 a 10 (pelo menos). Eu uso aquilo no 9 e meio... Acho que para ti também dava!!
    : )

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  3. Eu uso no 3 e meio, por isso para ti estará óptimo!

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  4. Isso é oferecido! Muito fixe.

    E fiquei feliz da abundância de postas - já não passava aqui há umas semanas! Engraçado confirmar nas fotos o meu preconceito de tempo nublado por aí :)

    Divirtam-se! Boas pedaladas, fotos, postas, etc.!

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  5. Bah, está a chover desde que chegámos. Mas os nativos dizem que é não é normal, "worst summer ever!"

    Abraço!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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