sexta-feira, 20 de julho de 2012

Boris Bikes Blues

O impressionante Sol de Londres. Não o vejo desde o mês passado.
 
Depois de algum tempo de uso, há algumas limitações do sistema das Boris Bikes que se tornam evidentes. Nada de especial, é apenas um pequeno complemento à análise que já tinha feito aqui. O sistema é em geral bloody brilliant!

Fora de Serviço!

Uma coisa que pode acontecer é que o terminal da estação esteja fora de acção. Isso impossibilita que se levante uma bicicleta, se não se for um utilizador registado. Os utilizadores registados têm um pequeno cartão que se utiliza directamente no ancoradouro (à falta de palavra melhor) das bicicletas, não precisam de recorrer ao terminal. Desde que haja bicicletas disponíveis, é só seguir viagem. Mas o vulgar turista ou utilizador mais esporádico, que tem forçosamente que utilizar um cartão bancário, está tramado.

Muitas Boris podem ser Boris demais.

Não se trata de um problema grave na verdade, porque as estações não distam mais de 400 ou 500 metros umas das outras. Grave é querer devolver a bicicleta e encontrar a estação de destino cheia. Para os utilizadores esporádicos, mais uma vez, o tempo está a contar. A primeira meia hora é grátis, mas daí para a frente os valores crescem praticamente de forma exponencial. Se ficarem umas horas com a bicicleta os custos podem ser assustadores. Seis horas custa 35 GBP, por exemplo. Não são valores superiores ao custo do aluguer de uma bicicleta a uma empresa privada, mas para quem não estava à espera de pagar nada à partida pode ser uma sensação desagradável.

Too much of a good thing?!

É pois fundamental conseguir devolver a bicicleta no sítio planeado. Enquanto não devolverem a bicicleta ela é inteiramente vossa responsabilidade. Perante uma estação completamente cheia só há uma alternativa: pedalar um pouco mais e encontrar outra. Que pode estar na mesma! A prova de que as Boris Bikes estão realmente integradas nos transportes da cidade de Londres e não são só uma curiosidade lúdica, para turistas, é que elas seguem os padrões pendulares das deslocações urbanas: da periferia para o centro de manhã, do centro para a periferia ao fim da tarde. Assim, é normal que a determinada hora certas estações estejam cheias e outras estejam praticamente vazias. Uma coisa a ter em conta, por exemplo ao tentar arranjar um bicla para sair da City em hora de ponta ao fim da tarde. Good luck with that, old chap!

Um lugar! Hurray!

Tudo isto na verdade só prova que as Boris Bikes são um enorme sucesso. Eu acabei por não comprar bicla por cá. Para quê? Tudo o que eu tenho que fazer é consultar o mapa e ver onde está a próxima estação.

1 comentário:

  1. The original intent of the bike sharing program generally was not to mimic traditional transport, because then you would get the same kind of symmetric use, with bikes sitting all day at the final destination. The idea was that the bikes would be used from a transit point to a final destination, and would be used by others making other trips.

    People who use the bikes for commuting instead of transit wreak havoc with the model. It winds up requiring multiple rebalancing trips per many stations throughout the day. Physical rebalancing is expensive. Natural rebalancing (through trips by other riders) is free.

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