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| Imagem de promoção do evento |
Há uma enorme agitação mediática em torno do evento na Av. da Liberdade deste fim de semana. O famoso "Mega Pic Nic", que se destina a promover produtos agrícolas portugueses, atraiu a ira de várias entidades devido aos cortes significativos na circulação automóvel. O ACP, pela voz do ReichFüher Barbosa, já fez saber que "a CML não quer saber dos lisboetas para nada", insistindo assim na sua ideia retorcida de que toda a gente se desloca sempre de carro e logo todos serão prejudicados por não poderem levar a vaca sagrada para a avenida mais poluída da Europa.
Pelo seu lado, a associação dos fogareiros, está a fazer uma birra tremenda porque a Carris vai operar naquela área mas eles não serão autorizados a passar, pelo que ameaça bloquear fisicamente o evento!
Quem vir o Reichfüher Barbosa ou o tipo da ANTRAL a falar na televisão, absolutamente indignados, diria que se tratava de tortura ou violação dos direitos humanos e não de limitações de circulação numa rua. Esta gente está tão cheia de razão, tão cheia de "direitos", que torna um pouco mais claro como é tão difícil conseguir alguma coisa no sentido de uma mobilidade mais sustentável na capital. Este é o rosto do inimigo, tem cobertura mediática permanente e defende cada palmo do "seu" asfalto, com unhas e dentes.
Não deixa de ser irónico que quando um troço ainda maior da Av. da Liberdade foi também encerrado para um espectáculo grotesco de Formula 1, não há muito tempo, não se ouviram protestos. Tal como não se ouvirão este fim de semana no centro do Porto, onde, suprema ironia, corridas de carros paralisam a cidade. Assim estão as coisas no país dos popós.
Maravilha!
ResponderEliminarA RTP não terá conseguido um patrocínio de uma marca de automóveis? Basta olhar para o que aconteceu nas duas últimas edições da Volta a Portugal em Bicicleta, cuja organização conseguiu o patrocínio de uma conhecida marca. Assim já o gordo Barbosa não abria a boca.
ResponderEliminarEm relação à ANTRAL, não concordando com a ameaça de corte (mas iam cortar o quê, se a avenida já está encerrada aos popós?), concordo com o protesto. O táxi não pode ser visto como transporte particular, sendo em muitas situações complementar ao transporte público. O táxi é o meio de transporte que idealiza na perfeição o conceito de carro partilhado, agora tão na moda.
Agora, interessante e instrutivo seria a RTP realizar uma reportagem onde se soubesse como é que as pessoas se deslocaram para participar nesse evento. E saber onde é que estacionaram o carro aquelas que foram de carro. Será que a PSP vai dar uma folga e deixar a malta do popó estacionar na Praça do Comércio ou nos passeios das ruas e avenidas que irradiam do Marquês de Pombal? E os passeios das ruas do Ouro e da Prata, escaparão a essa invasão? E a malta das gingas, será que aparece com mais força que nas Massas Críticas?
ResponderEliminardá pena este país... outro dia levantei um limpa-vidros de um carro que impedia a passagem da minha amiga que levava um carrinho de bébe, logo atrás de mim uma Srª de meia idade baixa o mesmo e diz: 'isto não se faz...'
ResponderEliminarFiquei perplexo as pessoas já não têm a mínima noção que que é justo ou injusto, abusivo ou direito. Estamos tramados...
Muito bem dito / escrito! não podia concordar mais!
ResponderEliminarPedro Santos ( simplyride.blogspot.com )
«para um espectáculo grotesco de Formula 1, não há muito tempo, não se ouviram protestos»
ResponderEliminarEssa afirmação está longe de ser correcta. Houve durante semanas antes do evento imensos protestos de moradores, entre outros, e principalmente de taxistas. Lembro-me que ainda faltavam semanas e já estavam a ponderar cancelar o evento. Não é por acaso que nunca mais cá meteram os pés.
Até porque a organização foi excelente, o que fez calar muitas críticas, assim como a organização do Continente também será.
Se averiguarem bem os portugueses adoram carros, só não os levam para a cama porque não podem, mas curiosamente não ligam peva ao automobilismo.
Em suma, isto é portugal, protesta-se SEMPRE contra tudo...
Neste último aspecto referi-me em especial ao ACP e às suas críticas. Eu admito que tenho uma especial antipatia pelo Sr. Barbosa, pelo muito que ele tem feito em defesa da vaca sagrada (e em prejuízo de todos nós.) Não acredito que o ACP tenha sido contra esse evento da Renault realizado em 2008.
ResponderEliminarSobre os portugueses adorarem carros, isso é não só um facto como um problema, e bem grande.
A Avenida da Liberdade semi-encerrada ao trânsito durante uns dias. Um ESCÂNDALO!!!!
ResponderEliminarEstou como anónimo mas sou o mesmo que falou acerca das críticas ao evento da F1.
ResponderEliminarO tal sr. da ACP perdeu uma oportunidade única de estar calado, sem sombra de dúvida, e só mostra como este amor por carros se está a tornar pior que um problema, é mesmo já patologia. Essa "especial antipatia" é mais do que compreensível.
Esqueci-me de referir no entanto outro evento que fechou muito mais do que a Av. da Liberdade: a volta a portugal em bicicleta. Deve também ter chovido críticas, mas foi espectacular! E a ideia de fazerem o percurso em circuito foi genial porque deu oportunidade de ver os ciclistas várias vezes, e até dava tempo para ir mudando de sítio.
Espero que eles repitam todos os anos, por muitas críticas que chovam. E só os camiões com patrocínios que lá estavam devem ter pago todas as despesas e até sobrado. Duvido que não tenha sido um sucesso.
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