Deixei passar a efeméride, porque não ligo a essas coisas, mas este contestatário cantinho do ciberspaço superou recentemente uma ano de vida e já passou da centena de postas. Tal torna-se evidente pelo facto de eu já o ano passado ter escrito alguma coisa sobre o Dia Europeu Sem Carros.
Da desilusão do ano passado para as muito baixas expectativas deste ano, das quais dei conta não há muito tempo, em Lisboa espera-nos um dia como os outros. O acto simbólico e motivador de fechar o centro da cidade ao trânsito motorizado foi por cá há muito abandonado, supostamente por falta de adesão dos munícipes. Assim, o que há são uma série de pequenos eventos de sensibilização, conferências e o encerrar de uma parte de uma rua, para fechar a Semana Europeia da Mobilidade, na capital.
Na minha opinião isto é muito pouco. A raiar o ridículo. Mas para o ACP, por exemplo, se calhar já é até demais. E toda a gente sabe quem é que manda realmente por estas bandas. Nem sei porque Lisboa ainda faz parte da semana da Mobilidade, uma vez que na prática não implementa o mínimo que uma cidade participante está obrigada a fazer. Isto do querer parecer verde mas achar que os votantes são todos uns barrigudos carro-dependentes é tramado.
Seja como for, amanhã (hoje!) lá estarei de bicicleta no meio do trânsito. Desafio todos os leitores a, pelo menos amanhã, deixarem o carro em casa.
Hoje passei 2 vezes (de bicicleta) pela avenida Defensores de Chaves e só o troço entre a Duque de Ávila e a João Crisóstomo é que estava encerrado, uns meros 100 mts dos cerca de 750 que vão desde o Campo Pequeno até à D. Ávila.
ResponderEliminarMesmo junto a uma ciclovia não faz sentido fechar um escasso troço de avenida para promover a mobilidade, quando mesmo ao lado na Duque de Ávila existe mais espaço para andar de bicicleta.
Escusado será dizer que nas duas vezes que lá passei apenas um policia de moto usufruía do espaço calmamente à sombra enquanto falava ao telemóvel, talvez esperasse alguma invasão do espaço que estou certo nunca veio a acontecer.